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1.
Rev. bras. anestesiol ; 63(4): 317-321, jul.-ago. 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-680140

ABSTRACT

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O parto vaginal pode resultar em dor perineal aguda e persistente pósparto. Este estudo avaliou a associação da catastrofização, fenômeno de má adaptação psicológica à dor que leva o indivíduo a magnificar a experiência dolorosa, tornando-a mais intensa, com a incidência e a intensidade da dor perineal e sua relação com o trauma perineal. MÉTODO: Estudo coorte. Realizado com gestantes em trabalho de parto. Foi aplicada a escala de pensamentos catastróficos sobre a dor durante o internamento e foram avaliados o grau da lesão perineal e a intensidade da dor perineal nas primeiras 24 horas e após oito semanas do parto por meio da escala numérica de dor. RESULTADOS: Avaliadas 55 mulheres. Sentiram dor aguda 69,1% das pacientes. Dessas, 36,3% queixaram-se de dor de moderada/forte intensidade e 14,5% de dor persistente. O escore médio de catastrofização foi de 2,15 ± 1,24. As pacientes catastrofizadoras apresentaram um risco 2,90 vezes maior (95% IC: 1,08-7,75) de apresentar dor perineal aguda e 1,31 vezes maior (95% IC: 1,05-1,64) de desenvolver dor perineal persistente. Também apresentaram um risco 2,2 vezes maior de desenvolver dor perineal aguda de maior intensidade (95% IC: 1,11-4,33). CONCLUSÕES: A incidência de dor perineal aguda e persistente após parto vaginal é alta. Gestantes catastrofizadoras apresentam maior risco de desenvolver dor perineal aguda e persistente, como também dor de maior intensidade. O trauma perineal aumentou o risco de ocorrência de dor perineal persistente.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Vaginal birth delivery may result in acute and persistent perineal pain postpartum. This study evaluated the association between catastrophizing, a phenomenon of poor psychological adjustment to pain leading the individual to magnify the painful experience making it more intense, and the incidence and severity of perineal pain and its relationship to perineal trauma. METHOD: Cohort study conducted with pregnant women in labor. We used the pain catastrophizing scale during hospitalization and assessed the degree of perineal lesion and pain severity in the first 24 hours and after 8 weeks of delivery using a numerical pain scale. RESULTS: We evaluated 55 women, with acute pain reported by 69.1%, moderate/severe pain by 36.3%, and persistent pain by 14.5%. Catastrophizing mean score was 2.15 ± 1.24. Catastrophizing patients showed a 2.90 relative risk (RR) for perineal pain (95% CI: 1.08-7.75) and RR: 1.31 for developing persistent perineal pain (95% CI: 1.05-1.64). They also showed a RR: 2.2 for developing acute and severe perineal pain (95% CI: 1.11-4.33). CONCLUSIONS: The incidence of acute and persistent perineal pain after vaginal delivery is high. Catastrophizing pregnant women are at increased risk for developing acute and persistent perineal pain, as well as severe pain. Perineal trauma increased the risk of persistent perineal pain.


JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El parto vaginal puede traer dolor perineal agudo y persistente postparto. Este estudio evaluó la asociación de la catastrofización, fenómeno de mala adaptación psicológica al dolor, que hace con que el individuo exagere la experiencia dolorosa, convirtiéndola en algo más intenso, con la incidencia y la intensidad del dolor perineal y su relación con el trauma perineal. MÉTODO: Estudio de cohorte realizado con gestantes en trabajo de parto. Se aplicó la escala de pensamientos catastróficos sobre el dolor durante el ingreso, y se evaluaron el grado de la lesión perineal y la intensidad del dolor perineal en las primeras 24 horas y después de ocho semanas del parto, por medio de la escala numérica del dolor. RESULTADOS: Fueron evaluadas 55 mujeres. Sintieron dolor agudo 69,1% de las pacientes. De ellas, un 36,3% se quejaron de dolor de moderado/fuerte intensidad y 14,5% de dolor persistente. La puntuación promedio de catastrofización fue de 2,15 ± 1,24. Las pacientes catastrofizadoras tuvieron un riesgo 2,90 veces mayor (95% IC: 1,08-7,75) de presentar dolor perineal agudo y 1,31 veces mayor (95% IC: 1,05-1,64) de desarrollar dolor perineal persistente. También tuvieron un riesgo 2,2 veces mayor de desarrollar dolor perineal agudo de mayor intensidad (95% IC: 1,11-4,33). CONCLUSIONES: La incidencia de dolor perineal agudo y persistente posteriormente al parto vaginal es elevada. Las gestantes catastrofizadoras tienen un mayor riesgo de desarrollar dolor perineal agudo y persistente, como también dolor de mayor intensidad. El trauma perineal aumentó el riesgo de prevalencia de dolor perineal persistente.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Acute Pain/epidemiology , Catastrophization , Chronic Pain/epidemiology , Natural Childbirth , Perineum , Acute Disease , Cohort Studies , Incidence , Pain Measurement , Severity of Illness Index
2.
Rev. dor ; 13(1): 89-93, jan.-mar. 2012. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-624939

ABSTRACT

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Meralgia parestésica é uma síndrome disestésica e/ou de anestesia na distribuição do nervo cutâneo femoral lateral. É uma mononeuropatia compressiva ou traumática, caracterizada por dor em queimação e/ou desconforto na face anterolateral da coxa, sem alterações motoras ou de força muscular, com reflexos preservados. Tem sido descrita após diversos procedimentos cirúrgicos, inclusive laparoscópicos. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de meralgia parestésica após laparoscopia ginecológica e seu tratamento, assim como rever a literatura relacionada. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 52 anos, submetida à miomectomia laparoscópica, apresentou no pós-operatório imediato, anestesia em face anterolateral da coxa esquerda. Após sete dias, relatava dor paroxística, disestésica e dor ao toque na mesma topografia. Foi medicada com analgésicos e anti-inflamatórios, sem melhora. Após avaliação no ambulatório de dor, foi realizado diagnóstico clínico e eletroneuromiográfico de meralgia parestésica e iniciado tratamento com gabapentina. Houve melhora substancial da sintomatologia, de forma que, após 90 dias, a paciente apresentava apenas dor paroxística ocasional. CONCLUSÃO: A meralgia parestésica é uma complicação possível da miomectomia laparoscópica, cujo diagnóstico raramente é considerado. O tratamento conservador com anticonvulsivantes bloqueadores do canal de cálcio α2-δ foi efetivo para essa paciente.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Meralgia paresthetica is a disesthetic and / or anesthetic syndrome in the distribution of the lateral femoral cutaneous nerve. It is a compressive or traumatic mononeuropathy, characterized by burning pain and / or discomfort in the anterolateral thigh, without motor or muscle strength changes, with preserved reflexes. It has been described after several surgical procedures, including laparoscopies. This study aimed at reporting a case of meralgia paresthetica after gynecological laparoscopy and its treatment, as well as at reviewing relevant literature. CASE REPORT: Female patient, 52 yeas old, submitted to laparoscopic miomectomy who presented in the immediate postoperative period anesthesia in left anterolateral thigh. Seven days later she reported paroxysmal and disesthetic pain and pain at touch in the same topography. She was medicated with analgesics and anti-inflammatory drugs without improvement. After evaluation in the pain outpatient setting, clinical and electroneuromyographic diagnosis of meralgia paresthetica was established and treatment was started with gabapentin. There has been significant symptoms improvement so that 90 days later she presented just occasional paroxysmal pain. CONCLUSION: Meralgia paresthetica is a possible complication of laparoscopic miomectomy, the diagnosis of which is seldom considered. Conservative treatment with α2-δ calcium channel blocker anticonvulsants was effective for this patient.


Subject(s)
Humans , Female , Hip , Laparoscopy , Mononeuropathies , Pain, Postoperative , Paresthesia
3.
Rev. dor ; 11(3)jul.-set. 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-562483

ABSTRACT

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A prevalência da dor crônica pós-operatória é alta e envolve vários mecanismos relacionados ao paciente e ao procedimento cirúrgico realizado. O objetivo deste estudo foi relatar dois casos de dor crônica pós-operatória em tipos diferentes de procedimento cirúrgicos.RELATO DOS CASOS: Caso 1: Paciente do sexo masculino, 38 anos, submetido a tratamento cirúrgico de fratura fechada de punho esquerdo. Evoluiu com dor contínua, de forte intensidade, queimação e choque, nos 1º e 2º quirodáctilos, sendo reoperado após 30 e 60 dias, devido à dor. Houve piora do quadro doloroso e dificuldade à movimentação do punho, com dor em queimação no antebraço e mão esquerdos, de forte intensidade, contínua, associada a episódios dolorosos paroxísticos iniciados na cicatriz cirúrgica irradiando para todo o antebraço e mão. A telerradiografia do punho esquerdo mostrou correção anatômica da fratura e a eletroneuromiografia (ENM), lesão do nervo radial superficial. Foi feito bloqueio do gânglio estrelado (BGE), amitriptilina (25 mg/dia) e alongamentos do punho, antebraço e braço que proporcionou alivio parcial da dor. Caso 2: Paciente do sexo feminino, 63 anos, submetida à blefaroplastia superior e inferior bilateral com objetivo estético, evoluiu com dor periorbitária, em queimação e choque. Na primeira avaliação, a paciente relatou sentir, desde o pós-operatório imediato, dor em queimação, contínua de moderada intensidade, que se exacerbava ao toque e ao frio e dor em choque, de moderada intensidade agravada pelo ato de piscar. Tratada com gel tópico de amitriptilina a 2%, duas vezes ao dia com alívio completo da dor em queimação.CONCLUSÃO: Dor iniciada no pós-operatório imediato de forte intensidade com lesão nervosa confirmada no primeiro caso e presumida no segundo, alerta para a importância de medidas preventivas cirúrgicas e anestésicas para diminuir a ocorrência da dor crônica pós-operatória.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Postoperative chronic pain prevalence is high and involves several mechanisms related to patients and to surgical procedures. This study aimed at reporting two postoperative chronic pain cases after different surgical procedures.CASE REPORTS: Case 1: Male patient, 38 years old, submitted to surgical treatment of left wrist closed fracture. He evolved with continuous and severe pain, burning and shock in first and second fingers being re-operated after 30 and 60 days due to pain. There has been worsening of pain and difficulty to move the wrist, with severe burning pain in left forearm and hand, associated to paroxysmal painful episodes starting at the surgical scar and irradiating to the whole forearm and hand. Left wrist teleradiography showed anatomic correction of fracture and electroneuromyography (ENM) should superficial radial nerve injury. Stellate ganglion was blocked (SGB), amitriptyline (25 mg/day) and wrist, forearm and arm elongation, which provided partial pain relief. Case 2: Female patient, 63 years old, submitted to bilateral upper and lower cosmetic blepharoplasty, who evolved with periorbital burning and shock pain. During the first evaluation patient reported feeling moderate burning pain since the immediate postoperative period, which was exacerbated by touch and cold, and moderate shock pain worsened by blinking. Patient was treated with amitriptyline topic gel at 2% twice a day with total burning pain relief. CONCLUSION: Severe pain started in the immediate postoperative period with confirmed nervous injury in the first case and presumed nervous injury in the second, calling the attention to the importance of surgical and anesthetic preventive measures to decrease the incidence of postoperative chronic pain.

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